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terça-feira, 28 de junho de 2011

O passo para a ruina

   Não sei se esta história é mesmo uma crônica ou um conto, acho que é mais digno de um texto gigante, mas tentei reduzir, espero que gostem do resultado.
O passo para a ruina

    Otavio era o melhor amigo de Augusto. Na verdade, os dois eram grandes amigos. Os dois tinham seus proprios adjetivos. Otavio era amigável, sensivel, entre outras coisas em que o torna uma boa pessoa. Já Augusto não é bem assim. Ele é imoral, mesquinho, critico, rude e cruel. Nem se sabia como os dois eram amigos.
    Isso foi nos tempos de escola. Agora eles eram dois grandes homens, formados, mas o destino os separou. Ninguém sabia por que, nem eles. Talvez não se aguentavam mais e foi um para seu proprio lado.
     Otavio virou professor. Um emprego muito dificil de se realizar na década de 60, mais expecificadamente em 1964, ano onde estava acontecendo a ditadura militar. Ele era professor de geografia e mostrava toda a sua opinião para os seus alunos.
    Já Augusto não tomou um rumo muito bom para a sua vida. Ele era jornalista do Correio da Cidade, por culpa de uma matéria. Ele foi preso pelo DOPS, mas foi solto logo depois por não ser considerado um criminoso perigoso.
   Um dia, foi a vez de Otavio fazer besteira, ele disse uma frase muito estranha, que mostrava ser comunista. "Que as classes dominantes tremam à idéia de uma revolução Comunista! Os proletários nada tem a perder nela a não ser as correntes que o aprisionam. Tem um mundo a ganhar". E ainda no final da frase ele disse a fonte: Karl Marx. Para sua má sorte, o primeiro aluno da fila, chamado Henrique era filho de um grande general, ele estava perdido.
   No outro nucleo da história, O qual Augusto era o protagonista, ele também fez uma burrice muito grande. Ao comprar sua maquina de datilografia, Começou a ideia de virar dono de um jornal e logo na primeira página, ele deixou escapar: O DOPS, TORTURA! Coisa que até então era novidade para o povo brasileiro.
   No outro dia foi um escandalo, era DOPS para todo o lado tentando achar o novo jornalista Augusto. Mas não era só ele. O aluno Henrique abriu o jogo para seu pai, disse da frase comunista do professor. Otavio soube que o DOPS estava atrás dele e decidiu fugir.
  Arrumou suas melhores roupas para viajar para Cuba, lá era o lugar perfeito para um Comunista viver. O Brasil não podia invadir Cuba Nem a pau. Quando as polícias invadiram a casa de Otavio ninguém estava lá para contar a história.
   Na rodoviaria estavam os dois, Augusto e Otavio e os dois se encontraram, um soube que era o outro e começaram a conversar:
Augusto - E então Otavio, vai para onde?
Otavio - Cara, eu estou perdido, eu falei uma frase comunista na sala e agora estão atrás de mim. Vou pra Cuba
Augusto - Então vamos juntos, eu vou também.
Otavio - Que legal.
Augusto - Nossa, esqueci minha chave lá dentro do banheiro, estou indo para lá pegar, já volto.
    Quando ele entrou no banheiro, se deparou com quem ele nunca mais gostaria de se deparar na vida. Um general que o torturou, ele estava frito. Naquele banheiro, sairam outros policiais com instrumentos de tortura.
General - Olha, talvez você goste de saber de que não vai preso. Agora todos sabem que nós torturamos.
Augusto - Então por que me capturaram? Me deixe sair daqui, por favor.
General - estamos atrás de outra pessoa, seu amigo, se você falar onde ele está, te soltamos. O nome dele é Otavio de Jesus.
Augusto - Se é para nunca mais vocês me torturarem, ele está aqui, esperando o trem para Cuba, ele está perto da linha do trem.
   O general e alguns de seus homens sairam dali, outro ficou, olhou bem para Augusto e disparou um tiro contra o comunista. Que ficou no chão, esticado.
  Quando o general chegou perto do linha, viu um homem fugindo era Otavio, O general pegou a sua arma e deu um tiro no rapaz, que caiu no chão, ainda não estava morto. O general andou até ele e disse em seu ouvido:
General - Isso é que dá tentar ensinar o sentido comunista de viver para as crianças.
   Augusto e Otavio morreram.

Entenda:
Otávio foi fraco, ele deu o passo (que foi entregar o amigo) e chegou na ruina (a morte).

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