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terça-feira, 26 de julho de 2011

Bondade

   Ser bom ou ser ruim é uma escolha de cada um, se quiser ficar do lado do bem, pode acreditar, nada de mal pode acontecer a você. Mas se ficar do lado do mal, pode se preparar, pois algo pode acontecer com você. Depende da sua escolha.
O senhor da Bondade
   São Paulo é um lugar que bate records de numero de andarilhos no mundo, Mas nem todos são bandidos que se acostumam a roubar. O mais velho de todos, que ninguém sabe como se chama, também é o mais bondoso. Pois mesmo sendo pobre, sabe ser generoso e bom.
   Mesmo com a idade avançada, o velho senhor joga futebol com os meninos que nem família tem, e pode ser chamado até mesmo de pai adotivo de alguns, que são gratos aquele velho homem para sempre. Mas o estranho é que ele nunca queria nada em troca.
   Alguns dias, ele levava sanduiches para os moleques que se aventuravam nas ruas de São Paulo pedindo esmola. Aquele homem era totalmente contra isso. Ele dizia que sempre iria trazer alguma coisa para eles comerem, nem que fosse bala.
    Todo aquele povo morava em uma espécie de barracão improvisado para caber todos os andarilhos. Não podia se dizer que era uma casa, mas sim uma proteção a mais. Quem teve aquela ideia foi justamente o velho senhor.
   Mas existia um problema. na verdade eram vários, entre eles, a ganancia, a sede de poder do ser humano. Aquele ali era um lugar abandonado, mas há pouco tempo, um dos donos apareceu, querendo expulsar os pobres dali.
   O pessoal parecia que queria confronto armado com o dono do território e os seus jagunços, mas o senhor da Bondade sabia que aquilo não adiantaria de nada, e ensina os menores, que era com quem ele tinha mais afinidade e dava os seguintes ensinamentos dignos de uma pessoa sábia:
- Crianças, isso que os pais de vocês querem, não vai levar a lugar nenhum, não deixem que eles destruam aquele senhor.
- Mas tio, aquele rapaz quer tirar a gente de um lugar que é nosso a quase 10 anos. Isso é injusto. - Disse um garoto, defendendo a possivel guerra.
- Não rapaz, a guerra não leva a nada. As pessoas podem selar acordos com uma simples negociação meninos - Disse o senhor da Bondade.
- Eu não acredito que a paz ajude em alguma coisa. - Endagou outro menino.
- Por que não garoto? A paz leva sim a bondade. Mas não é dela que a gente vai falar crianças, é do bem.
- Mas nesse caso, qual é o lado bom? - Disse o outro menino.
- O lado bom é o qual acredita em um mundo melhor, que as pessoas não tenham ruindade no coração para matar os outros. Como os pais de vocês querem. 
   Aquele senhor de um coração gigante, queria ensinar aquelas crianças a amar o proximo e sempre fazer o bem. Mas para muitos, era um mistério do porque ele gostava de ensinar os outros a bondade e a paz.
   Já por outro lado, a construtora Norte, nova no mercado, queria aquele lugar a todo o custo, queria todos os metros, centimetros por centimetros, milimetros por milimetros. Mas para possuir aquele lugar, era necessário fechar um acordo com os mendigos.
   O dono daquela construtora, Ramon, pensava em mandar os andarilhos todos para o lugar que é deles de direito, a rua. Mas tinha gente dentro daquila nova empresa que preferia a paz para não fazer coisas erradas. Então o advogado da empresa dizia:
- Você está se precipitando em chamar os seus jagunços, pode muito bem conceder certa parte do terreno.
- Não Doutor, eu ralei muito para construir a empresa e comprar tudo que é meu, agora que eu herdei aquele terreno, quero todo ele - Disse Ramon.
- Eu pensei que podia ser de uma forma melhor senhor. Um acordo talvez.
- Um acordo, com aqueles pobres, fididos? Nunca, nunca que eu vou fazer acordo com quem nunca cortou a unha do pé. - Disse Ramon.
   Naquela mesma noite, na "casa" dos andarilhos, o velho senhor apareceu de novo, disposto a contar toda a sua história e convencer aquele monte de gente a fechar um acordo com a construtora e fazer sempre o bem e dizer não a guerra. Mas seria um dia dificil:
- Sem mais delongas, eu vou contar a minha história e dizer por que sempre faço o bem. Eu não nasci no Brasil. Nasci na Turquia, em uma guerra que abalava o mundo. Meu pai era um comerciante muito influente e não podia perder fregueses. Mas isso não foi o pior. Meu irmão mais velho foi recrutado para uma guerra sanguinária. Minha família chorou muito quando ele morreu e por causa de ameaças, tivemos que nos mudar para o Brasil.
- E depois, o que ouve? - Indagou um menino.
- Todos os dias de minha vida, meu pai e minha mãe me ensinavam a nunca gostar de guerra e de outras coisas violentas e sempre prezar pela paz e a bondade. Fui crescendo com este pensamento. E tenho orgulho de dizer que não tenho preconceitos.
- Mas por que o senhor virou Andarilho?
- E quem disse que sou andarilho? Essas são roupas turcas, não de mendigo. Eu herdei tudo da minha família e como sempre fui criado para fazer o bem, é com esse dinheiro que eu ajudo vocês. Eu tenho prazer em ajudar os menos favorecidos. Mas na verdade, e tenho um dinheiro sobrando.
    Aquela noite foi longa demais, foram horas e horas de debate para dscobrir o que iriam fazer com o pessoal que não queriam conversa. Depois de de um tempo, chegaram a um consenso. E tudo aconteceria no dia seguinte.
   Quando menos esperavam, uma correspondencia de uma seguradora chegou no lugar onde os andarilhos ficariam. Nela estava o verdadeiro nome do Senhor da Bondade, Mustafá. Quando leram aquilo, fizeram uma festa, pois ali dizia que quem havia comprado o lugar era o proprio senhor do bem;
   Em um carro super bonito chegou o homem que há um tempo atrás sempre pensavam que era um andarilho, trazendo latas de tinta e tijolos em um caminhão logo atrás. Alegre, pegando uma pá, disse para alguns homens:
- Pessoal, vamos pegar este cimento e os tijolos por que hoje vai ter muito trabalho até terminar a nossa casa. - Disse o velho senhor.

Conclui-se: Você não precisa ter dinheiro para fazer o bem como está na história, é preciso apenas zelar por outras virtudes, como generosidade e paz.    

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